PREENCHIMENTO EM REGIÃO TEMPORAL
O envelhecimento é um processo contínuo e muitas vezes nos surpreendemos com locais que perderam a definição e o volume. A região temporal é uma delas. Com o passar do tempo além de reabsorção óssea temporal ocorre perda da gordura superficial que preenche essa região. Ocorre também redução da espessura da derme com perda de colágeno e ácido hialurônico, levando a um afundamento da região temporal. Em uma pessoa jovem, as têmporas são planas ou levemente convexas, mas com o envelhecimento tornam-se côncavas. O terço superior da face sofre estreitamento, o que provoca aparente encurtamento e ptose (queda) das sobrancelhas. Tais modificações resultam em um “desabamento” da cauda da sobrancelha para dentro da área temporal.
Uma solução para resolver esse problema é o preenchimento com ácido hialurônico em região temporal.
O ácido hialurônico é uma substância biocompatível isto é, ela é encontrada também em nosso tecido. Infelizmente com o tempo o nosso organismo reduz a sua produção. Os radicais livres formados em nossa pele insistem também em “degradar” o nosso ácido hialurônico fazendo com que percamos boa parte dessa substância natural de preenchimento ao longo do tempo.
O local de preenchimento do ácido hialurônico poderá ser no plano superficial ou profundo. A escolha depende da necessidade dessa área, bem como da análise da vascularização (quais vasos sanguíneos passam ali, naquele local, e se eles passam mais superficialmente ou na região mais profunda). De acordo com esses dados será escolhido se a aplicação será com agulha ou som cânula.
O preenchimento com ácido hialurônico dura em média 18 meses ou mais dependendo do cuidado com a pele e com a alimentação. A ingestão de água na quantidade adequada é de extrema importância, visto que o ácido hialurônico tem a capacidade de absorver água.
A escolha de um profissional habilitado que possa realizar com segurança esse preenchimento é primordial. Nessa região há inúmeros vasos importantes como a artéria temporal superficial e artéria temporal profunda. Se ocorrer injeção intravascular ocorrerá fluxo retrógrado para o sistema carotídeo interno. Esse fluxo resultará em oclusão da artéria central da retina e consequentemente cegueira. Além disso as veias dessa região drenam seu conteúdo para o seio cavernoso, que são “espaços formados pela dura-máter que é uma das membranas meningeas “encontradas no cérebro”(região encefálica) revestindo à região. Uma injeção intravascular pode levar a trombose desse seio.
Essas complicações são raras, mas como todo procedimento há riscos é portanto necessário atenção na escolha do profissional que irá fazer o seu preenchimento.